American Horror Story: Roanoke - minha sincera opinião
- Admin
- 12 de jan. de 2017
- 3 min de leitura
Sempre ouvi falar muito bem da série American Horror Story, que atualmente está em sua 6° temporada, intitulada Roanoke.
Meu namorado acompanhava a série fielmente, e me convidou para assistir com ele a temporada Roanoke, já que as temporadas são histórias completamente independentes umas das outras.
Aceitei o convite, e comecei a assistir o American Horror Story com uma expectativa bem alta. Talvez esse tenha sido meu maior erro.

Nos primeiros capítulos, Roanoke mostrou para o que veio. As cenas de terror e suspense me faziam arrepiar a espinha - e olha que estou meio vacinada quando o assunto é filme de terror (não é qualquer coisa que me assusta mais, o filme tem que ser bom mesmo!).
O primeiro problema foi quando no meio da temporada toda a trama já tinha sido solucionada. Então me peguei me perguntando: se está tudo resolvido, como é que eles vão continuar a história?
(Atenção! Aviso de Spoiler!)
Para que você entenda rapidamente o que se passa, é basicamente o seguinte:
American Horror Story: Roanoke é um documentário, onde os personagens que “realmente viveram a situação do terror” estão contando a história, e os “atores” estão fazendo a dramatização do que os personagens “reais” viveram.
Uma família vai parar no meio de uma casa mal-assombrada, onde eles sofrem ataques de um grupo de mortos que voltam sob a Lua de Sangue. Então, simplesmente no meio da temporada essa história tem seu desfecho, com a família conseguindo escapar.
Como sobreviventes, eles contam essa história em um documentário, que faz muito sucesso.
A temporada segue então mostrando como está a vida dos sobreviventes pós lançamento do documentário. E a série faz tanto sucesso que eles confirmam a segunda temporada, unindo os sobreviventes e os atores que interpretaram os personagens “reais” em um reality show que será gravado na casa mal-assombrada, sob a Lua de Sangue.

Espera aí. Depois de sofrer horrores, de viver o inferno na casa, os sobreviventes aceitam voltar para o mesmo lugar, mesmo sabendo que eles só sobreviveram por sorte na primeira vez?
É aí que me senti com minha inteligência sendo subestimada.
Na trama eles criam umas razões sem sentido para que cada personagem tenha que voltar à casa. Enquanto isso, os atores e a produção do reality show está descrente de que a maldição da Lua de Sangue é real, até que, óbvio, as mortes começam a acontecer.
Tudo fica tão sem sentido a partir desse “reality show”. Eu ficava pensando: ninguém em sã consciência voltaria à essa casa sob a Lua de Sangue, independente da razão ou circunstância.
Eu não tenho o que reclamar da produção ou dos atores da série, eu só fiquei chateada porque a tentativa de inovação deles ficou sem sentido e não me empolgou nem um pouco para terminar de assistir a temporada. Pelo contrário, os últimos capítulos eu assisti bufando e resmungando. Na verdade, eu só terminei de assistir para não ficar inacabado.
Eu também estava louca para ver a Lady Gaga atuando, e a moça quase não apareceu. A proposta da personagem dela era bem bacana, mas eu queria mesmo era ver ela mostrando todo o talento dela. Uma pena que não tenha tido espaço para isso.

Sinceramente, fiquei tão desapontada que passei até a me questionar sobre o sentido de assistir filmes e séries de terror.
Fiquei pensando: a gente gasta tanto tempo e energia se treinando para pensar positivamente, para atrair coisas boas para nossa vida, daí a gente corre para ver essas coisas feias e horrendas na telinha. Tudo isso para quê? Poluir nossa cabeça com baboseira?
Tanta coisa bonita para ser vista no mundo, e a gente prefere se traumatizar.
O pior é que eu gosto dessas porcarias, talvez porque no fundo nós seres humanos gostamos de fantasiar a desgraça.
Aposto que amanhã já vou estar procurando outro filme ou série de terror para assistir.
Fazer o quê?
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