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Livro Psicologia Fisiológica - quanto o corpo define o comportamento?

  • Foto do escritor: Admin
    Admin
  • 29 de jan. de 2017
  • 4 min de leitura

O livro Psicologia Fisiológica, escrito por Philip Teitelbaum, teve sua primeira edição publicada em 1967. Devido à sua data, eu não sei dizer quanto das teorias trazidas nessa obra se mantém atuais, só sei que se você está disposto a saber mais sobre o quanto de nós é instinto e o quanto é consciente, esse é um ótimo livro.

Livro Psicologia Fisiológica - quanto o corpo define o comportamento? (Leticisses)

Dr. Philip Teitelbaum defende que só conseguimos compreender a complexidade de um sistema, quando suas estruturas menos complexas são completamente conhecidas. Por isso, no início do livro ele expõe de forma muito exemplificada seus métodos, para dar início à exposição das mais simples estruturas do Sistema Nervoso - os neurônios.

O que mais me chamou a atenção no início deste livro foi a questão das funções excitatórias vs. inibitórias. Parece que o nosso Sistema Nervoso mantém o equilíbrio (a homeostase) utilizando-se dos opostos que atuam uns sobre os outros.

Obs.: eu não sou especialista nisso. Trago aqui o que eu consegui entender do livro. Me perdoe se alguma coisa sair errada.

Percebo que em tudo na vida as coisas se dividem em opostos: o dia e a noite, a luz e a escuridão, a abundância e a falta, etc. e saber que as nossas estruturas também estão divididas em funções opostas, que atuam sempre na busca pelo equilíbrio do corpo, me parece uma pauta muito interessante para reflexão.

Outra coisa que me fez refletir nesse livro foi a questão do que excita as fibras nervosas, e as fazem sair do repouso e entrar em seu potencial de ação, conduzindo assim a corrente elétrica. Em repouso, a fibra nervosa está polarizada, isto é, dotada de carga positiva em seu interior. A partir de um estímulo, a fibra fica permeável aos elementos que trazem carga negativa para seu interior, entrando assim em seu potencial de ação. Então, a fibra expele as substâncias que a despolarizaram, para voltar a ter a carga positiva em seu interior e finalmente, voltar ao repouso. Ou seja, a diferença de uma fibra estar em repouso ou em ação depende da diferença entre as cargas no interior e exterior da fibra. É como se só houvesse “vida” quando os opostos se conflitam.

E por acaso não são os opostos que nos motivam? Trabalhamos o dia todo exaustivamente, esperando que venha a noite para que possamos descansar. Esperamos longas horas com fome, pensando que seremos recompensados com um saboroso prato de comida.

Na série Westworld somos levados a refletir que a consciência surge somente diante de um grande “choque” - uma mudança repentina de estados, que se torna até mesmo dolorosa. Não duvido que essa seja uma das bases da consciência humana, afinal, a diferença entre os opostos move nosso sistema nervoso, por que não haveria de mover nossa mente?

Livro Psicologia Fisiológica - quanto o corpo define o comportamento? (Leticisses)

A única coisa que me deixou desconfortável no livro foi a descrição dos experimentos feitos com os animais. Os experimentos feitos para descoberta das funções do sistema nervoso me pareceram muito invasivos, e comprometem muito a integridade dos animais.

Entendo que é muito importante essas explorações para o avanço da ciência, mas não posso deixar de me compadecer diante das situações aos quais os animais são submetidos.

Segundo Dr. Philip Teitelbaum, é possível que se façam descobertas a partir de um sistema que funciona normalmente, mas que o estudo se torna muito mais fácil quando você tem a ausência das estruturas para comprovação das teorias. Na verdade, quanto mais você isola o objeto de estudo, maiores são as chances de elaborar hipóteses que são corretas. De acordo com o autor, o anormal revela o que é normal, por isso é necessário que sejam retirados partes do sistema nervoso para melhor compreendê-lo.

Mas na minha opinião, o melhor do livro está entre o meio e o fim. Foi quando tudo o que tinha sido elucidado na primeira parte começou a fazer sentido para mim.

As discussões sobre como podemos identificar o que é comportamento reflexivo (instintivo) daquilo que é motivado (voluntário), a partir do estudo em animais e em bebês humanos são bem interessantes.

O autor nos dá um panorama muito bom sobre nossas necessidades básicas, como dormir e comer, e começamos a perceber que tanto o instinto quanto os atos voluntários se misturam, fazendo com que nossas decisões sejam sistemas complexos. E ele elucida bem as estruturas do sistema nervoso responsáveis tanto por aquilo que é reflexivo tanto pelo que é motivado.

O que ficou muito claro no livro, e que é muito interessante saber, é que com o passar do tempo, se em condições normais, trocamos nossos atos reflexivos por atos conscientes. Os atos voluntários (aprendidos) tem a capacidade de inibir os instintos que nos guiavam quando éramos crianças.

Quanto à linguagem do livro, é curioso como o autor utiliza um palavreado, digamos, não-científico, ao mesmo tempo em que explica detalhadamente os resultados de cada pesquisa. Tudo é tecnicamente especificado, o que às vezes torna a leitura um pouco difícil, até que você seja surpreendido por um comentário descontraído do Dr. Philip.

O que quero dizer é que se você tem interesse em saber sobre as estruturas do sistema nervoso, e como ele influencia em nossas atitudes, vale o esforço ler esse livro.

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© 2017 por Letícia Miranda

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