Depois da tempestade emocional
- Admin
- 8 de fev. de 2017
- 2 min de leitura
A vida está cheia de tarefinhas que não queremos fazer, mas que somos obrigados a encarar - porque faz parte da vida, faz parte do desenvolvimento, porque faz parte daquele projeto legal ao qual você se propôs se dedicar.
Então, como uma nuvem preta que paira sobre a sua cabeça, vem um período onde o mundo não te deixa sequer pensar direito. Você fica sobrecarregado de coisas que odeia fazer. Você quer fugir, fica esgotado, mas não tem escapatória.

Eu acho que é por causa desses períodos de treva que dizem que a vida é uma luta, porque de fato, nesses momentos é difícil ter força para levantar da cama, é difícil querer continuar vivo (o que eu vim fazer aqui nessa dimensão? Onde eu fui me meter…)
Parece que a sorte nos abandonou, mas passa. Toda tempestade, por mais duradoura que seja, tem seu fim. Mas quando as trevas vão embora, ainda fica conosco a melancolia.
A luta foi tão árdua que toda sua energia foi embora. Tudo aquilo em que você era bom, parece que não é mais. Tudo aquilo que você ama fazer, não tem mais graça nenhuma. Você só quer descansar, dormir o dia todo, não pensar em nada.
Mas a vida bate à porta: o mundo não para, e você se lembra que tem contas a pagar, promessas a cumprir, projetos para desenrolar, coisas e pessoas para cuidar. Você não pode morrer na praia em paz.
E agora? Eu não quero seguir em frente. Eu só quero me lamentar pela má sorte que me atingiu e me deixou sem forças para continuar. Eu tenho esse direito.
Eu tenho esse direito?
Tenho para mim que essa coisa ruim que suga as nossas energias vem para dizer que estamos empregando mal nossas energias. Que (inconscientemente) estamos tirando nossa energia de onde ela deveria estar sendo aplicada e colocando em lugares, coisas ou pessoas desnecessárias.
Tenho a sensação de que temos uma missão que em algum espaço-tempo topamos seguir, e que se nos desviamos dela o mundo manda uma furiosa tempestade, dessas avassaladoras, que ao fim nos deixa desnorteados.
E que devemos usar a ressaca pós-tempestade emocional para refletirmos: o que foi que eu fiz? Quando eu faltei com atenção para a minha missão? Como posso voltar a trilhar o caminho da minha missão sem me desviar novamente?
Eu não sei se trilhar nosso caminho tal como a gente planejou em outra dimensão vai nos poupar dessas tempestades emocionais, eu só sei que leva tempo se restabelecer depois de tanta luta, e por isso é válida a tentativa de nos propiciar todo o amor próprio necessário para a caminhada, porque eu sei que esse último é a chave de tudo.
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