Mais que uma Paixão de Cristo: Espetáculo Vivo Ele Está

Qual é o sentido da páscoa, senão lembrar da passagem de Cristo por essa Terra?

A Semana Santa vai muito além de reunir a família para comer bacalhau e presentear com ovos de chocolate, a Páscoa existe para nos fazer refletir sobre a mensagem que Jesus nos deixou: “Amai ao próximo, como a ti mesmo”. E nada melhor do que assistir a um bom espetáculo da Paixão de Cristo para nos inspirar a uma reflexão profunda.

E se tem um espetáculo que eu recomendo é Vivo Ele Está: a história de um Mártir. Esse espetáculo vai muito além de uma encenação para cristãos, e sim vem para mostrar a verdadeira face do Jesus homem, que nasceu, amou, lutou e morreu pelos seus ideais.

Além disso, Vivo Ele Está é uma aula de história, que nos revela o tamanho do desafio que um homem tem de enfrentar quando sonha e se compromete em mudar o mundo, conflitando com os interesses políticos e econômicos de homens poderosos e a ignorância e o comodismo de uma massa egoísta.

Durante 150 minutos somos transportados para outro espaço-tempo, e de repente, nos vemos junto a Jesus, e é impossível conter o riso quando ele sorri ou conter as lágrimas quando ele chora.

Vivo Ele Está: a história de um Mártir é um espetáculo simples e grandioso, ecumênico, tocante e de muito bom gosto.

Esquecemos que assistimos a uma peça, esquecemos que são atores em cena. É impossível se manter indiferente às emoções transmitidas por aqueles que interpretam esses personagens milenares, com destaque especial para Cristhian Fernandes, ator que interpreta Jesus.

Se Jesus realmente existiu, na minha mente ele seria do jeito que Cristhian Fernandes o interpretou. O ator traz consigo toda a essência da bondade, da doçura, da convicção, do poder e simplicidade que só Jesus poderia emanar. A interpretação feita de maneira tão natural que só alguém que encontrou o Jesus que habita dentro de si, poderia imprimir em nossas almas as emoções tal qual o ator imprime (e talvez ele seja mesmo semelhante a Cristo mais do que podemos imaginar, não acredito em coincidências, também não deve ser à toa que o nome do ator é Cristhian). Não houve uma cena em que Jesus sofresse que o ator não me levasse às lágrimas.

Outros atores que me chamaram muito a atenção foram Milene Haddad, quem interpretou Maria, mãe de Jesus, Leonardo José, como Caifás e Nando Cunha, como Herodes. Mas não posso deixar de parabenizar a todo o grande elenco, que nos fazem sair do espetáculo completamente impressionados pela bela apresentação.

Tudo isso sem contar a caracterização. Os figurinos, a iluminação, a trilha sonora... tudo lindo e mágico. Mas a dinâmica da peça e o maravilhoso roteiro são creditadas a Jean Dandrah, diretor e autor dessa obra.

Sinceramente, para mim é até ruim citar nomes, porque todos os envolvidos no espetáculo nos acolhem de braços abertos e muita ternura com seu maravilhoso trabalho. Como eu já disse, é impossível sair indiferente ao espetáculo Vivo Ele Está: a história de um Mártir. E a peça é tão deliciosa, que curiosamente nos dá vontade de assistir de novo, e de novo. Eu mesma, acompanhei o primeiro ensaio aberto, feito no fim de 2016, e depois da estreia, assisti mais duas vezes, e planejo assistir novamente.

Vivo Ele Está: a história de um Mártir está sendo exibido em São Paulo – SP, na Sala Carlos Miranda, na FUNARTE. O endereço é Alameda Nothmann, 1058. Campos Eliseos. Fica em cartaz do dia 24 de março a 23 de abril de 2017, com exibições feitas às sextas, sábados e domingos. O espetáculo promete continuar rodando em outras cidades (por isso torça ou dê um jeito de fazer com o que o elenco visite a sua). Mais informações em: www.grupopalcomeudeteatro.com.br

O que mais me admira é a qualidade do espetáculo mesmo quando o grupo não possui nenhuma lei de incentivo. (Patrocinadores, se vocês querem um espetáculo de qualidade para vincular sua marca, essa é a chance!)

O espetáculo de fato nos leva à reflexão, e eu não pude deixar de me questionar: Quantas vezes não negamos o Jesus que habita dentro de nós? Queremos a mudança, sabemos que podemos fazer melhor, mas nos abstemos, seja pelo comodismo, pelo medo ou pela dor.

É que é realmente desafiador lutar contra uma cultura que se instaura há anos, e é ainda mais difícil fazer o bem sem passar despercebido e ser odiado por aqueles que usam a manipulação para controlar as massas e lucrar. É incompreensível aos olhos daqueles que fazem o mínimo a vontade de dar o seu máximo, e incomodados os invejosos preferem puxar o tapete daqueles que fazem o que é certo, ao invés de seguir o exemplo de coragem e amor.

Quando despertamos nossa consciência e ajudamos aos outros a fazerem isso também, acabamos com um sistema de escravidão e conhecemos a liberdade. Isso fica muito claro em Vivo Ele Está: a história de um Mártir, Jesus veio para trazer a verdadeira libertação – mostrou para o povo que o destino de cada um está em suas próprias mãos.

Jesus mostrou que o homem tem poder de realizar a obra que sonhar, basta que tenha a fé do tamanho de um grão de mostarda. Jesus, meio Deus, meio homem, nos mostrou que era semelhante a todos nós, e que não há o que ele tenha feito que não possamos fazer.

Cristo com certeza foi um homem muito à frente do seu tempo, e sim, Vivo Ele Está em nossas memórias e em nossos corações, sendo relembrado em lindas obra, como no espetáculo Vivo Ele Está: a história de um Mártir.

Ficou curioso e quer assistir? Recomendo!

Mais informações em www.grupopalcomeudeteatro.com.br

P.S.: Agora uma foto minha com (da esquerda para a direita) Nill Marcondes (ass. de direção), Jean Dandrah (autor e diretor) e Cristhian Fernandes (Jesus).

Porque eu também sou fã, né gente?!

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